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@michaelkraemermusic

 

1. Nichts tut mehr weh
2. Klappe zu
3. Nichts steht fest
4. Federleicht
5. Weil du fehlst
6. In Gezeiten
7. Pendel
8. Zu viel zu oft
9. Dein Koffer
10. Morgen's Gestern
11. Goldenes Silber
12. Was bleibt

Letras

Fronteiras tênues entre a Alemanha e o Brasil, em meio a canções e viagens, “zwischen den Jahren”

(bela expressão germânica, e em tradução livre: tempo da celebração do poente de um ano para a aurora de outro)

Gravado no estúdio "Um Lugar"
em Florianópolis

(Março de 2020 e Junho de 2021)

Produção, arranjos, programações,
mixagem e masterização

Neto Fernandes

Técnico responsável
Beto Fonseca

Fotos
Antonio Rossa, Sirlanderson Silva, Simon Büttner

Design e Layout
Antonio Rossa, Desformatados (site)

Músicos convidados

1. Nichts tut mehr weh
2. Klappe zu
3. Nichts steht fest
4. Federleicht
5. Weil Du fehlst
6. In Gezeiten
7. Pendel
8. Zu viel zu oft
9. Zu viel zu oft (Xote)
10. Dein Koffer
11. Morgen's Gestern
12. Goldenes Silber
13. Was bleibt

Letras

Fronteiras tênues entre a Alemanha e o Brasil, em meio a canções e viagens, “zwischen den Jahren”

(bela expressão germânica, e em tradução livre: tempo da celebração do poente de um ano para a aurora de outro)

Gravado no estúdio "Um Lugar"
em Florianópolis

(Março de 2020 e Junho de 2021)

Produção, arranjos, programações,
mixagem e masterização

Neto Fernandes

Técnico responsável
Beto Fonseca

Fotos
Antonio Rossa, Sirlanderson Silva, Simon Büttner

Design e Layout
Antonio Rossa, Desformatados (site)

Músicos convidados
Federleicht - Michael Kraemer
Morgen's Gestern - Michael Kraemer
Klappe zu - Michael Kraemer
Nichts tut mehr weh - Michael Kraemer
vazio

1. Nichts tut mehr weh (3:33)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer


Nada dói mais

Sou apenas um hóspede dormindo na cama dos outros
Vou e volto e continuo no meu caminho
Estou apenas de passagem, para chegar mesmo é muito raro
Tudo flui numa velocidade diferente, mas ao mesmo tempo junto

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Não ganhei nada, mas também não sou um perdedor
Sonho longe daqui, mas sempre me reencontro
Me tolero e vivo pelas minhas músicas
E me pego falando de mim como se estivesse morto

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Corro por dias
Até que o silêncio aumente
E corro e continuo

Corro por dias
Até que o silêncio não aumente mais
E corro e continuo

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
vazio

2. Klappe zu (3:30)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer


Feche a tampa

Não consigo passar porque você está no meu caminho
Você é o cozinheiro deste angu
E eu sou o cabelo em sua sopa

Tudo vai para a sua panela
Bem misturado e fervido
Para que tudo pareça igual no final

Não sei por quanto tempo isso terá sabor
Aqui cada mordida já é muito

Feche a tampa, renuncie, saia do caminho, vaza
Tem cheiro de queimado e está fedendo como você

Eu fico com nojo só de olhar para você
Batendo seu chantilly
E se enfeitando para os outros

Já provei demais o que seus garçons servem
Eu não confio em você, nem acho você capaz

Não sei por quanto tempo isso terá sabor
Aqui cada mordida já é muito

Feche a tampa, renuncie, saia do caminho, vaza
Tem cheiro de queimado e está fedendo como você

Tem cheiro de queimado
vazio

3. Nichts steht fest (5:08)

Autor: Michael Kraemer
Compositor: Christian Kraemer


Nada é certo

Eu não vejo mais vocês por aqui
Nesse nosso telhado do mundo
Faz tempo que a nossa cortina não cai mais
O palco dos nossos melhores anos está vazio
Porque ninguém sabe o que nos foi tirado
O que ninguém nos deu

Continuem a ser criadores de si mesmos
Sejam heróis dos seus próprios mundos
Que os anos não passem
Sem que saibam que vocês existem

Continuo seguindo a marcha sem vocês
Mas tenho vocês comigo
E ainda hasteio a nossa bandeira
Continuo caminhando
Não descansarei até que eu afunde
Porque isto é tudo o que me resta aqui

Continuem a ser criadores de si mesmos
Sejam heróis dos seus próprios mundos
Que os anos não passem
Sem que saibam que vocês existem

Sejam honestos consigo mesmos
Fiquem longe da fortuna
Sejam uma parte modesta do todo
Me digam que existem

Ainda acredito no que ninguém mais vê
E ainda acredito que continuará depois do fim
E mesmo que pensem que estou me perdendo aqui
Vou continuar ouvindo vocês
Nada é certo

Estou quase lá
Estou entrando na reta final
O suor escorrendo
Ao meu lado o anjo da morte
Prefiro dar uma parada
Já consigo ver a linha de chegada mesmo assim
E aproveito o tempo com vocês
vazio

4. Federleicht (4:01)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christoph Nauber, Michael Kraemer


Leve como uma pena

Não posso mais ir adiante
Sou meu próprio obstáculo
Todos acham que sabem mais do que eu
Gritam cada vez mais alto e mais e mais

No passado não foi diferente
Só que isso não importava antes
Caminhávamos no alto da montanha
Mas eu não estava sozinho

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui

Estou aqui no fogo cruzado
E só quero voltar
Para o nosso caminho entre as nuvens
Por favor, venha comigo, apenas nesse trecho

Nada mudou muito
Todos os outros ainda estão aqui
O lugar das nossas memórias nos mantém unidos
E cada novo passo pesa ainda mais

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui

Tenho muito mais para lhe dizer
Sim, há muito mais a dizer
Rindo juntos, tocando nossas canções
Eu sei que nos encontraremos novamente
Você está apenas um passo à frente

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui
vazio

5. Weil du fehlst (3:57)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer


Porque você faz falta

Ouço você
Pela última vez depois de todos estes anos
Ouço sua mensagem por horas
E não ouso dormir esta noite
Afinal de contas, há uma chance de você voltar para casa

E porque você faz falta, estou andando em circulos
E porque você faz falta, não sei se ainda estou girando
Ou se estou parado, desejando ainda ter uma chance
Mas seja o que for, é tarde demais

Fronteiras desfeitas
Para chegar em novos territórios
Para ter histórias para contar
O que nos resta são as memórias
E pertencem a você e a mim
Você pode me ouvir?

E porque você faz falta, estou andando em circulos
E porque você faz falta, não sei se ainda estou girando
Ou se estou parado, desejando ainda ter uma chance
Mas seja o que for, é tarde demais
vazio

6. In Gezeiten (3:50)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer


Na maré

Fecho a cortina
Deixo o mundo girar lá fora
E giro o meu relógio
Sou de novo criança no mar
A maré está puxando, perna estendida
Não estou mais conseguindo sentir o fundo

Quero viver, apenas isso
Quero viver enquanto tiver tempo
Decido apenas como, mas não por quanto tempo

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas por quanto tempo?

O barco vem em minha direção
Meu grito, depois água salgada na minha boca
Já quase sem forças
Estou sentindo o aperto da mão segura me resgatando para a praia

Quero viver, apenas isso
Quero viver enquanto tiver tempo
Decido apenas como, mas não por quanto tempo

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas não sei por quanto tempo posso ficar

Quanto tempo posso ficar

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas não sei por quanto tempo posso ficar

Quanto tempo posso ficar aqui
vazio

7. Pendel (3:48)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer


Pêndulo

Oscilo pela minha vida
E quase nunca falho
Movo-me seguro no meu caminho

Pendurado na linha tênue
Balançando nas suas crenças
Na vibração que nunca sentiram

Não posso provar nada aqui
Circulo apenas atrelhado à linha
Mas me solto antes de ir?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Quando vocês querem, oscilo em círculos
Vocês mesmos determinam a viagem
Só espero que cheguem lá

Não posso provar nada aqui
Circulo apenas atrelhado à linha
Mas me solto antes de ir?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Não há muito tempo para se resolver
Para se encontrar e dar um sentido

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disto
Tudo vai passar
E depois vai continuar

Sou apenas uma parte disto
Tudo vai passar
E depois vai continuar
vazio

8. Zu viel zu oft (3:47)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer


Muito, demais

Apaixonado, amado, separado, conectado
É difícil estar junto, estar sozinho também é
Sonhador, desperto, anestesiado, atordoado
Para manter vivo o que já foi uma vez
Há o medo do corte

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Debaixo de cobertores limpos
Dois heróis adormecem
Orgulhosos demais para serem um
A guerra de travesseiros acabou
O que segue está começando a doer
Quem dará o início ao corte?

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Já estamos fartos de nós mesmos
Ou apenas realmente nunca tentamos começar do zero?
Já estamos fartos de nós mesmos
Ou simplesmente nos faltou coragem de começar do zero?

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?
vazio

9. Dein Koffer (3:15)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer


Tua mala

Essa é a canção para dizer adeus
Ou é apenas o prelúdio para o próximo encontro?
Há uma coisa que eu nunca poderia lhe dizer
Embora ambos soubéssemos que aqui haveria tempo de sobra

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Você está me vendo aqui embaixo seguindo meu caminho?
E daí de cima você pode ver que as ondas do seu legado reverberam?
Eu tento encontrá-las todos os dias
Aprendo a valorizá-las como um guia e as sigo o máximo que posso

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Te ouço, mas não te vejo
Te escuto quando nosso silêncio fala
Mas mesmo assim, não sei onde você está

Queria te encontrar novamente
Mais uma vez queria te ver
Queria te encontrar novamente
Tenho algo a lhe dizer

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Te ouço, mas não te vejo
Te escuto quando nosso silêncio fala
Mas mesmo assim, não sei onde você está

Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala
vazio

10. Morgen's Gestern (3:29)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer


O ontem de amanhã

Os pensamentos voam
Mas só estão operando distâncias curtas
O horizonte está aqui na minha cerca viva
Não há muito mais para ver
Estou esperando pelo regime aberto
Mas a liberdade segue diminuindo ao longo do caminho
Onde sempre estou com sede

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

E o que foi ontem
Diz oi todos os dias
Em laços infinitos
Ainda estamos aqui
A esperança não se perdeu
Afinal, na luz do fim do túnel
Há proximidade novamente

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã
vazio

11. Goldenes Silber (4:07)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer


Prata dourada

Cedo demais para adormecer
Tarde demais para levantar
Assim estou aqui desperdiçando os dias
Escuto o vento mudar de direção

A razão me mantém na guia
Distorce minha visão
Cego por você
Simplesmente quero me perder mais uma vez em você

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras

Primeiro deixo-me cair, depois deixo-me flutuar
Mergulho cada vez mais fundo
Mas nem quero saber para onde estou indo
O agora para mim é o suficiente

Baixei a guarda, vulnerável
É assim que estou chegando mais perto de você
Não recebo nada em troca se tento te explicar

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras
Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras

Flutuando em equilíbrio
Vermelho como seu eu mais puro
Mesmo assim não consigo te achar
Procurando à luz de velas
Nossas sombras uma ao lado da outra
Mesmo assim não consigo te sentir
Ainda não

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras
Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras
vazio

12. Was bleibt (3:57)

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer


O que permanece

Nós voávamos com as aves
Mais fiéis que existiam
Conspirávamos, nos reinventávamos
Estávamos mais do que lá para nós

Ninguém poderia nos moldar nem um pouco
Havia muito a caminho
Mas quem diria que ele terminaria aqui
E que você partiria tão de repente

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Tenho sua foto na moldura preta
Estou feliz por você ter existido
Gostaria de estar no palco com você novamente
Onde nos sentíamos em casa

Fazendo o que realmente sabíamos fazer
Fazendo o que nos comovia
Estou feliz que assim como você queria
Você vive em suas canções

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Está faltando o que poderia ter sido
O que poderia ter acontecido
Está faltando o que poderia ter sido
Você faz falta aqui
Você faz falta aqui
Estou sentindo sua falta aqui

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Mesmo assim está faltando uma parte
O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer

Nada dói mais

Sou apenas um hóspede dormindo na cama dos outros
Vou e volto e continuo no meu caminho
Estou apenas de passagem, para chegar mesmo é muito raro
Tudo flui numa velocidade diferente, mas ao mesmo tempo junto

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Não ganhei nada, mas também não sou um perdedor
Sonho longe daqui, mas sempre me reencontro
Me tolero e vivo pelas minhas músicas
E me pego falando de mim como se estivesse morto

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Corro por dias
Até que o silêncio aumente
E corro e continuo

Corro por dias
Até que o silêncio não aumente mais
E corro e continuo

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só
Estou no fim do meu arco-íris
E tenho certeza que esse lugar é mais do que certo para mim

Nada dói mais quando me vejo
Quando viro para trás eu e meu caminho somos um só

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

Feche a tampa

Não consigo passar porque você está no meu caminho
Você é o cozinheiro deste angu
E eu sou o cabelo em sua sopa

Tudo vai para a sua panela
Bem misturado e fervido
Para que tudo pareça igual no final

Não sei por quanto tempo isso terá sabor
Aqui cada mordida já é muito

Feche a tampa, renuncie, saia do caminho, vaza
Tem cheiro de queimado e está fedendo como você

Eu fico com nojo só de olhar para você
Batendo seu chantilly
E se enfeitando para os outros

Já provei demais o que seus garçons servem
Eu não confio em você, nem acho você capaz

Não sei por quanto tempo isso terá sabor
Aqui cada mordida já é muito

Feche a tampa, renuncie, saia do caminho, vaza
Tem cheiro de queimado e está fedendo como você

Tem cheiro de queimado

Autor: Michael Kraemer
Compositor: Christian Kraemer

Nada é certo

Eu não vejo mais vocês por aqui
Nesse nosso telhado do mundo
Faz tempo que a nossa cortina não cai mais
O palco dos nossos melhores anos está vazio
Porque ninguém sabe o que nos foi tirado
O que ninguém nos deu

Continuem a ser criadores de si mesmos
Sejam heróis dos seus próprios mundos
Que os anos não passem
Sem que saibam que vocês existem

Continuo seguindo a marcha sem vocês
Mas tenho vocês comigo
E ainda hasteio a nossa bandeira
Continuo caminhando
Não descansarei até que eu afunde
Porque isto é tudo o que me resta aqui

Continuem a ser criadores de si mesmos
Sejam heróis dos seus próprios mundos
Que os anos não passem
Sem que saibam que vocês existem

Sejam honestos consigo mesmos
Fiquem longe da fortuna
Sejam uma parte modesta do todo
Me digam que existem

Ainda acredito no que ninguém mais vê
E ainda acredito que continuará depois do fim
E mesmo que pensem que estou me perdendo aqui
Vou continuar ouvindo vocês
Nada é certo

Estou quase lá
Estou entrando na reta final
O suor escorrendo
Ao meu lado o anjo da morte
Prefiro dar uma parada
Já consigo ver a linha de chegada mesmo assim
E aproveito o tempo com vocês

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christoph Nauber, Michael Kraemer

Leve como uma pena

Não posso mais ir adiante
Sou meu próprio obstáculo
Todos acham que sabem mais do que eu
Gritam cada vez mais alto e mais e mais

No passado não foi diferente
Só que isso não importava antes
Caminhávamos no alto da montanha
Mas eu não estava sozinho

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui

Estou aqui no fogo cruzado
E só quero voltar
Para o nosso caminho entre as nuvens
Por favor, venha comigo, apenas nesse trecho

Nada mudou muito
Todos os outros ainda estão aqui
O lugar das nossas memórias nos mantém unidos
E cada novo passo pesa ainda mais

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui

Tenho muito mais para lhe dizer
Sim, há muito mais a dizer
Rindo juntos, tocando nossas canções
Eu sei que nos encontraremos novamente
Você está apenas um passo à frente

Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Tudo poderia ser tão simples
Tudo poderia ser tão leve como uma pena
Se ao menos você estivesse aqui

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

Porque você faz falta

Ouço você
Pela última vez depois de todos estes anos
Ouço sua mensagem por horas
E não ouso dormir esta noite
Afinal de contas, há uma chance de você voltar para casa

E porque você faz falta, estou andando em circulos
E porque você faz falta, não sei se ainda estou girando
Ou se estou parado, desejando ainda ter uma chance
Mas seja o que for, é tarde demais

Fronteiras desfeitas
Para chegar em novos territórios
Para ter histórias para contar
O que nos resta são as memórias
E pertencem a você e a mim
Você pode me ouvir?

E porque você faz falta, estou andando em circulos
E porque você faz falta, não sei se ainda estou girando
Ou se estou parado, desejando ainda ter uma chance
Mas seja o que for, é tarde demais

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer

Na maré

Fecho a cortina
Deixo o mundo girar lá fora
E giro o meu relógio
Sou de novo criança no mar
A maré está puxando, perna estendida
Não estou mais conseguindo sentir o fundo

Quero viver, apenas isso
Quero viver enquanto tiver tempo
Decido apenas como, mas não por quanto tempo

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas por quanto tempo?

O barco vem em minha direção
Meu grito, depois água salgada na minha boca
Já quase sem forças
Estou sentindo o aperto da mão segura me resgatando para a praia

Quero viver, apenas isso
Quero viver enquanto tiver tempo
Decido apenas como, mas não por quanto tempo

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas não sei por quanto tempo posso ficar

Quanto tempo posso ficar

Abro a cortina
O mar vibra na euforia da manhã
Ondas dançando no céu de brigadeiro
O sol e eu brilhando de felicidade
Meu aqui como eu queria
Mas não sei por quanto tempo posso ficar

Quanto tempo posso ficar aqui

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

Pêndulo

Oscilo pela minha vida
E quase nunca falho
Movo-me seguro no meu caminho

Pendurado na linha tênue
Balançando nas suas crenças
Na vibração que nunca sentiram

Não posso provar nada aqui
Circulo apenas atrelhado à linha
Mas me solto antes de ir?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Quando vocês querem, oscilo em círculos
Vocês mesmos determinam a viagem
Só espero que cheguem lá

Não posso provar nada aqui
Circulo apenas atrelhado à linha
Mas me solto antes de ir?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Não há muito tempo para se resolver
Para se encontrar e dar um sentido

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disso
Tudo vai passar
Mas depois vai continuar?

Sou apenas uma parte disto
Tudo vai passar
E depois vai continuar

Sou apenas uma parte disto
Tudo vai passar
E depois vai continuar

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

Muito, demais

Apaixonado, amado, separado, conectado
É difícil estar junto, estar sozinho também é
Sonhador, desperto, anestesiado, atordoado
Para manter vivo o que já foi uma vez
Há o medo do corte

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Debaixo de cobertores limpos
Dois heróis adormecem
Orgulhosos demais para serem um
A guerra de travesseiros acabou
O que segue está começando a doer
Quem dará o início ao corte?

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Já estamos fartos de nós mesmos
Ou apenas realmente nunca tentamos começar do zero?
Já estamos fartos de nós mesmos
Ou simplesmente nos faltou coragem de começar do zero?

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

Muito, demais

Apaixonado, amado, separado, conectado
É difícil estar junto, estar sozinho também é
Sonhador, desperto, anestesiado, atordoado
Para manter vivo o que já foi uma vez
Há o medo do corte

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Debaixo de cobertores limpos
Dois heróis adormecem
Orgulhosos demais para serem um
A guerra de travesseiros acabou
O que segue está começando a doer
Quem dará o início ao corte?

Estamos no fio da navalha
E também sobre gelo fino
Cada passo adiante pode ser o último

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Já estamos fartos de nós mesmos
Ou apenas realmente nunca tentamos começar do zero?
Já estamos fartos de nós mesmos
Ou simplesmente nos faltou coragem de começar do zero?

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem atira a primeira pedra?
O que é muito e o que é demais?
O que ainda é razoável?
Quem joga a toalha primeiro?
E quem apaga a luz?

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer

Tua mala

Essa é a canção para dizer adeus
Ou é apenas o prelúdio para o próximo encontro?
Há uma coisa que eu nunca poderia lhe dizer
Embora ambos soubéssemos que aqui haveria tempo de sobra

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Você está me vendo aqui embaixo seguindo meu caminho?
E daí de cima você pode ver que as ondas do seu legado reverberam?
Eu tento encontrá-las todos os dias
Aprendo a valorizá-las como um guia e as sigo o máximo que posso

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Te ouço, mas não te vejo
Te escuto quando nosso silêncio fala
Mas mesmo assim, não sei onde você está

Queria te encontrar novamente
Mais uma vez queria te ver
Queria te encontrar novamente
Tenho algo a lhe dizer

Agora estou com a tua mala na minha jornada
Fico aqui por um momento e penso em você
Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Te ouço, mas não te vejo
Te escuto quando nosso silêncio fala
Mas mesmo assim, não sei onde você está

Te ouço, mas não te vejo
Estou te ouvindo, você está dando cordas no relógio e voltando o tempo
Porque todo o barulho por nada, desaparece quando você fala

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer

O ontem de amanhã

Os pensamentos voam
Mas só estão operando distâncias curtas
O horizonte está aqui na minha cerca viva
Não há muito mais para ver
Estou esperando pelo regime aberto
Mas a liberdade segue diminuindo ao longo do caminho
Onde sempre estou com sede

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

E o que foi ontem
Diz oi todos os dias
Em laços infinitos
Ainda estamos aqui
A esperança não se perdeu
Afinal, na luz do fim do túnel
Há proximidade novamente

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

Tenho tanto a fazer, mas não posso sair, não posso ir mais longe
Faço meus planos aqui no labirinto de espelhos
Termino mais uma volta na minha rodinha de hamster
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã
E então amanhã, começa mais uma vez o ontem de amanhã

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Christian Kraemer, Michael Kraemer

Prata dourada

Cedo demais para adormecer
Tarde demais para levantar
Assim estou aqui desperdiçando os dias
Escuto o vento mudar de direção

A razão me mantém na guia
Distorce minha visão
Cego por você
Simplesmente quero me perder mais uma vez em você

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras

Primeiro deixo-me cair, depois deixo-me flutuar
Mergulho cada vez mais fundo
Mas nem quero saber para onde estou indo
O agora para mim é o suficiente

Baixei a guarda, vulnerável
É assim que estou chegando mais perto de você
Não recebo nada em troca se tento te explicar

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras
Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras

Flutuando em equilíbrio
Vermelho como seu eu mais puro
Mesmo assim não consigo te achar
Procurando à luz de velas
Nossas sombras uma ao lado da outra
Mesmo assim não consigo te sentir
Ainda não

Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras
Permaneço em silêncio como prata dourada
Quando falo de você e não encontro palavras

Autor: Michael Kraemer
Compositores: Sandro Jahn, Michael Kraemer

O que permanece

Nós voávamos com as aves
Mais fiéis que existiam
Conspirávamos, nos reinventávamos
Estávamos mais do que lá para nós

Ninguém poderia nos moldar nem um pouco
Havia muito a caminho
Mas quem diria que ele terminaria aqui
E que você partiria tão de repente

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Tenho sua foto na moldura preta
Estou feliz por você ter existido
Gostaria de estar no palco com você novamente
Onde nos sentíamos em casa

Fazendo o que realmente sabíamos fazer
Fazendo o que nos comovia
Estou feliz que assim como você queria
Você vive em suas canções

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Está faltando o que poderia ter sido
O que poderia ter acontecido
Está faltando o que poderia ter sido
Você faz falta aqui
Você faz falta aqui
Estou sentindo sua falta aqui

O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Mesmo assim está faltando uma parte
O que permanece está aqui
Aqui está o agora
O que permanece está aqui
Aqui permanecerá sempre uma parte de você

Zwischen den Jahren

Fronteiras tênues entre a Alemanha e o Brasil, em meio a canções e viagens, “zwischen den Jahren”. (bela expressão germânica, e em tradução livre: tempo da celebração do poente de um ano para a aurora de outro) Esta viagem começa na Alemanha, mais precisamente na cidade de Hamelin, numa bicicleta, ao lado de meu melhor amigo, que de supetão me pergunta: “Você não tem vontade de cantar numa banda?” Grande experiência de canto eu não tinha. No entanto, sem pensar duas vezes, disse “Tô dentro!”. Estamos em meados dos anos 1990, quando tocar numa banda – e, mais que isso, cantar – era, de longe, a coisa mais empolgante com a qual eu poderia ter sonhado. Os mergulhos em Pearl Jam, Alice in Chains e os Black Crowes nos levaram às nossas primeiras canções próprias. Elas foram escritas em nossa sala de ensaios, que, lentamente, se tornou um segundo lar – embora “sala de ensaios” seja quase um eufemismo aqui, pois tínhamos um andar inteiro numa fazenda fora de Hamelin só para nós. Os nomes que fomos dando às nossas bandas, e também as suas formações, mudaram. As amizades permaneceram. Como c*clay tocamos nosso Southern Rock em bares e casas de show da Alemanha. Desde Johnny’s Rock House até MTV Campus Invasion e o festival “Orange Blossom Special”, tivemos no mínimo uma mistura variada de palcos para nos apresentarmos. O estudo falou mais alto e o tempo que passamos juntos tornou-se escasso. Percorremos caminhos distintos, mas que não se separaram. “Nichts steht fest” (Nada é certo)! Junto com meus amigos de banda e meu irmão Christian, continuei escrevendo canções – pela primeira vez com letras em alemão, em vez de inglês. Nas gravadoras, os A&R as acharam “de bom gosto”, “muito cativantes”, “muito boas” e quiseram “acompanhar de perto”. De repente, houve uma ruptura: meu amigo da banda e irmão de alma faleceu no dia em que completaria 25 anos de idade. Junto com ele eu havia escrito minha primeira canção; as últimas escrevi para ele, e assim o ciclo se fechou com “Was bleibt” (O que permanece) e “Federleicht” (Leve como uma pena). Em 2006, a essas se juntaram outras músicas que acabaram ficando na “mala” de mudança que me acompanhou através do Atlântico, da Alemanha para o Brasil. Ali ficaram, jamais esquecidas, mas cada vez menos presentes. O amor e as viagens no Brasil assumiram papel principal. E, entre renovados poentes e auroras dos anos – num daqueles dias que têm um ritmo todo próprio – brotou a curiosidade de saber como a música poderia refletir minha vida aqui no Brasil. Como as raízes não se perderam, minhas letras em alemão se abriram a novos arranjos e ritmos brasileiros. Eles se encontram “Zwischen den Jahren” e tocam Bossa Nova, Xote, Samba-Rock e Afoxé…

Músicos convidados

Bruno Freitas (Guitarra: 6., 9., 10., 11., 12., Violão: 10., 11.)
Clayton Gama (Sanfona: 1., 5.)
Daniel Germer Rolim de Moura (Percussão: 1.)
Dudu Fileti (Vocal: 1., 7., 8.)
Eduardo Silveira de Almeida (Contrabaixo elétrico: 6., 9., 10., 11.)
Eduardo Stormowski (Violão: 1., 3., 4., 7., 8.)
Elias Vicente Souza (Violino: 2.)
Henrique Soares (Percussão: 5.)
Iva Nunes Giracca (Violino: 2., Violla: 2., 12.)
Ivan Mafra Júnior (Guitarra: 7., 8.)
Jean Carlos da Silva Rodrigues (Flugelhorn: 3.)
Léo Marelua (Vocal: 1., 2., 6., 7., 8., Guitarra: 2., Violão: 2.)
Leonardo Piermartiri (Viola: 2., 12.)
Luana Laus (Vocal: 1., 2., 6., 7., 8)
Marco Oliveira (Guitarra: 4., 5.)
Neto Fernandes (Teclado: 1. – 12., Bateria: 1., 2., 3., 4., 5., 7., 8.)
Niandra Lacerda Rodrigues (Vocal: 2., 6.)
Nilinho Adriano (Contrabaixo elétrico: 2., 12.)
Rafael Calegari Ramos (Contrabaixo elétrico: 1., 4., 7., 8, Contrabaixo acústico: 3.)
Raphael Buratto dos Santos (Cello: 12.)
Renato Popó (Bateria: 12.)
Ricardo Calegari Ramos (Cavaquinho, Cavaco banjo: 7.)
Rodrigo Porciúncula (Bateria: 6., 9., 10., 11., Percussão: 6.)
Sandro Hercilio Teixeira (Cuíca, Surdo: 2.)